quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Seja Luz



Sou uma pessoa que jogo fora todos os números não essenciais à minha sobrevivência. Freqüentemente, dou preferência, aos meus amigos alegres porque os “baixo astrais” puxam você sempre para baixo.
Sempre tento aprender mais sobre computador, meu trabalho, meus estudos, qualquer coisa, só não deixo meu cérebro desocupado.
Curto coisas simples, rio sempre muito e alto e chego perder o fôlego.
Lágrimas acontecem, tento agüentar sem sofrer muito e seguir em frente.
Penso que a única pessoa que acompanha você a vida toda é você mesmo, por isso procuro estar vivo, enquanto tento sobreviver.
Sempre tento ficar rodeado daquilo que eu gosto: família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.
Faço do meu lar o meu melhor refúgio e sempre quando preciso peço ajuda ao próximo.
Evito fazer viagens de remorso, mas me chamem para ir ao shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não me obriguem fazer viagens ao passado.
Digo sempre a quem me ama, que realmente eu os amo, e em todas as oportunidades...
Lembro sempre de que a vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego.
Talvez seja de tanto rir... de surpresas... de êxtase... de felicidade...
Sigo sempre pensando que há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também as que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Desejo - Victor Hugo - Carpe Diem



Victor Hugo

Desejo primeiro que você ame,

E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim.

Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal

Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
 
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,

E quando estiverem exaustos e sorridentes,

Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

Não tenho mais nada a te desejar.
O mundo não é um mar de rosas. É um lugar ruim e asqueroso e não importa quão durão você é, ele te deixará de joelhos e te manterá assim se permitir. Nem eu, nem você, nem ninguém baterá tão forte quanto a vida. Mas isso não se trata de quão forte você pode bater. Se trata de quão forte pode ser atingido e continuar seguir em frente. Quanto você pode receber e seguir em frente. É assim q a vitória é conquistada! Agora se você sabe seu valor vá lá e conquiste. Mas deve estar preparado pra ser atingido e não apontar para os outros dizendo que não está aonde queria por causa dele ou dela ou de qualquer um! Covardes fazem isso! E você não é! Você é melhor que isso!" - Rock Balboa

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"BALADAS"



TEXTO DA REVISTA VIP


"Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas tô falando dos de "fabricação em série". Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia.

Tinha me decidido a banir a palavra "balada" da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult, desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, meus hormônios começaram a sentir falta de uma boa barba pra se esfregar.
Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de "tô no meu mundo, fique no seu".
Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar "se são meus amigos, logo devem ter amigos interessantes". Infelizmente, essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. Tô fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.

Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi, tô mais do que fora. Baladas playbas com garotas praianas hippie-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado elas misturam o desejo de ser meigas com o desejo de ser manos com o desejo de ser patos) e rapazes garotos-propaganda Adidas com cabelinho playmobil, também to fora.


MUNDO IDIOTA

O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram "tristeza não tem fim, felicidade sim" no ombro do amigo têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha superdescolado só porque tirou a gravata e porque fala tudo metade em inglês, ao estilo "quero te levar pra casa, how does it sound?"


Para dançar, os muquifos eletrônicos alternativos são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo. Tô procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra.

Minha mais recente descoberta são as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana... Gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Orkut, MSN, chats... me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nesta vida: a tal da química.
Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê... E eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos?

Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.

A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?


Tatiane Bernardi "






Por Sérgio Savian

De quantas formas você se protege do amor, pergunte a si mesmo.

Por que você não está permitindo que o amor aconteça em sua vida? Ou é mais fácil achar que você está só por culpa dos outros?

Até quando observamos os animais verificamos que eles estão sempre trocando carícias, fazendo contato. Mesmo quando você coloca duas plantas perto uma da outra, elas se buscam. Aonde há vida existe a necessidade de interação, de convívio. Não dá para imaginar uma célula do corpo querendo não pertencer ao seu organismo.

Só nós, humanos, parece que estamos vivendo a fantasia de sermos separados uns dos outros. O sentimento de liberdade e independência nos levou à falsa sensação de que não precisamos do outro. Mas isto é uma ilusão.

Não nos entregamos a uma relação, congelamos nossos corações, não dizendo o que pensamos e sentimos de verdade. Escapamos da intimidade.

Abaixo desta casca dura está a outra camada mais sensível: todos os nossos medos, inseguranças, machucados emocionais. Um dia confiamos e fomos traídos. Um dia você se sentiu humilhado ou rejeitado, senão abandonado. Doeu muito e você associou o amor com dor, com problemas, com algo desagradável.

Por isso criou um escudo para não sentir mais. O problema é que esta mesma armadura que o protege da dor também o afasta do amor. Será que essa é a saída?

Será que tornando-nos seres insensíveis e indiferentes vamos nos sentir bem? E o que vamos fazer com a eterna vontade de encontrar alguém para compartilhar o afeto?

A luz no final do túnel está em descobrir que sob todas as camadas de proteção existe um sentimento escondido como uma pérola dentro de nós.

É a nossa essência que continua inocente, que é capaz de ver graça na vida. É um lado bem delicado, vulnerável e poderoso ao mesmo tempo. E é a partir daí que poderemos amar de verdade.

Acreditar nisso é fundamental, mas também é preciso ter humildade e coragem para nos conectar com o que está lá no fundo de nossos corações.